domingo, 27 de dezembro de 2009

Apetece-me.


Sabes o que me apetece realmente fazer? Ganhar asas e voar para bem longe daqui. Normalmente este é o desejo de quem está deprimido, infeliz e precisa de uma nova razão para sorrir. Eu quero partir para esconder tanta felicidade.
Por vezes a minha fortuna parece que é roubada. Quando não estão satisfeitos tentam consumir os outros para se sentirem poderosos. E eu não quero que isso aconteça mais uma vez.
Desta vez isso não pode acontecer. Eu sei que é Inverno, o sol está careta e esconde-se de mim, mas por agora posso ser eu dar luz a tanta tristeza e não aquela estrela tão quente.
Não vou ser infeliz só porque o mundo está doente e os princípios estão esgotados, eu é que vou reinar desta vez. E o melhor mesmo é ficar por aqui, a ver se ensino os bichos a sorrirem.

Um melhor ano, Maria.

sábado, 18 de abril de 2009

sábado, 14 de março de 2009

all i need


Nunca fui muito com a tua cara; sempre achei o teu sorriso bonito demais para ser sincero; os teus olhos prefuravam mais do que eu queria e as tuas palavras eram azedas. Foram apenas precisos cinco minutos para formar um opinião sobre ti, achar que não eras uma pessoa de quem eu quisesse estar perto.

Agora pergunto-me como fui capaz de pensar uma monstruosidade destas sobre ti. Para mim não és nada do que julgava parecer, mas na realidade até és. Estou a ficar cega, não consigo ver a mesma pessoa com quem convivia na tal perfeição que os meus olhos aparentam seres. Acho que se me matasses, ganhava vida das cinzas para te dar o meu perdão. Não iria conseguir perceber o quanto não és e o quanto eu penso.

Se continuar sempre a ver-te assim, para sempre, juro-te. Vou ser a pessoa mais feliz do mundo. Não consigo ser infeliz agora, não consigo. É arrepiante sentir-me tão bem.. Por mais que isto pareça tudo bom, um dia pode acabar. E quando acabar? Vou olhar para a tua cara da mesma maneira.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Please remember.


Seja quem for, bata à minha porta e diga-me “olá”. Tenho saudades de uma palavra, porque afastei-me. A dor entrou, cada vez que penso nela magoa que nem quero pensar. Mas sempre que penso, penso nela. Por isso para quê pensar? Queria só matar saudades das tuas palavras, mas o orgulho chama-me à atenção e recuo. Choro, por ser fraca. Choro por ser orgulhosa. Mas essencialmente, por sentir saudades.